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Pensamento Científico na Educação de Infância
Informações
As horas de Tutoria ocorrem em horário a estabelecer com o(s) docente(s) da UC.
Ano letivo: 2018/2019 - 1S
Código: |
MPE20002 |
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Sigla: |
PCEI |
Cursos
Sigla |
Nº de Estudantes |
Plano de Estudos |
Ano Curricular |
ECTS |
Horas Contacto |
Horas Totais |
MPE |
23 |
Plano de Estudos_15_16 |
2º |
4,0 |
48 |
108,0 |
Nº de semanas letivas: |
15 |
Língua de Ensino
Português
Objetivos de aprendizagem (conhecimentos, aptidões e competências a desenvolver pelos estudantes)
- Aprofundar o conhecimento científico nos domínios da Matemática e das Ciências Naturais e Sociais;
- Conhecer e compreender conceitos, teorias e procedimentos associados a temas fundamentais da Matemática e das Ciências Naturais e Sociais, mobilizando-os adequadamente na análise e discussão de problemas que inter-relacionam o mundo natural e social;
- Utilizar uma linguagem cientificamente adequada ao contexto da Educação de Infância;
- Formular questões acerca de fenómenos e acontecimentos, na perspetiva de uma intervenção pedagógica em Educação de Infância, integrando conceitos, teorias e procedimentos relativos à Matemática e às Ciências Naturais e Sociais.
Conteúdos programáticos
• Aspetos fundamentais do pensamento da criança no Estádio Mítico (Kieran Egan)
- Realidade e imaginação;
- Curiosidade e ação;
- As oposições binárias.
• Formulação e resolução de problemas que permitam o aprofundamento de conceitos científicos fundamentais associados, nomeadamente aos seguintes temas:
- Órgãos dos sentidos; energias renováveis e não renováveis; o tempo meteorológico;
- Números e operações; Organização e tratamento de dados; Geometria e Medida.
- Diferenciação social/cultural e modos de vida; Interrelações entre natureza e sociedade; Democracia e cidadania na Educação Infância; O tempo e o espaço na Educação de Infância; A imaginação e o pensamento da criança no estádio mítico.
• Pensamento científico: processos essenciais e sua operacionalização
- O que significa pensar cientificamente?
- Processos transversais ao pensamento científico:
- questionar, explicar e justificar;
- recolher, analisar e representar informação; identificar regularidades, conjeturar, generalizar e verificar.
Demonstração da coerência dos conteúdos programáticos com os objetivos de aprendizagem da UC
Na sociedade atual, eminentemente científica e tecnológica, assume particular importância a literacia matemática e a literacia científica dos cidadãos, como forma de os tornar capazes de analisar criticamente as situações com que se deparam, pronunciar-se sobre elas e tomar decisões informadas. Entendendo como fundamental o papel do Educador de Infância no desenvolvimento da literacia matemática e científica das crianças perspetivando uma futura prática pedagógica intencional e fundamentada. Esta UC pretende contribuir para a compreensão aprofundada e a mobilização de conceitos e procedimentos associados à Matemática e às Ciências Naturais e Sociais. Assim, os conteúdos da UC centram-se em temas e processos fundamentais destas áreas do conhecimento, cujos tópicos serão abordados de forma a promover a conexão de conceitos e procedimentos a elas associados.
Metodologias de ensino
O trabalho a desenvolver no âmbito da UC, privilegiará a participação ativa dos estudantes, quer em trabalho individual, quer em trabalho de grupo, procurando o aprofundamento de conhecimentos relacionados com os conteúdos da UC. As sessões incluirão: (i) a resolução e discussão de problemas envolvendo os diversos conteúdos programáticos, (ii) a leitura, análise e discussão de artigos considerados estruturantes da unidade curricular; (iii) a análise e reflexão de situações da prática potencialmente promotoras do desenvolvimento das literacias matemática e científica.
Demonstração da coerência das metodologias de ensino com os objetivos de aprendizagem da UC
Os objetivos indicados focam-se na aprendizagem de conceitos e processos relativos à Matemática e às Ciências Naturais e Sociais. Dado que esta aprendizagem requer a compreensão conceptual, o domínio no uso de procedimentos e a capacidade de pensar logicamente, de refletir sobre ideias e de explicar e justificar raciocínios, a resolução e discussão de problemas assume-se como uma opção metodológica importante para o trabalho a realizar nas aulas no âmbito desta unidade curricular. A informação teórica apresentada pelo professor e a apresentação na turma de trabalhos realizados pelos estudantes contribuem, não só, para o aprofundamento dos seus conhecimentos sobre os conteúdos do programa, como também, para a sistematização deste conhecimento. Pretende-se que a análise e reflexão de situações/episódios da prática potencialmente promotoras do desenvolvimento das literacias matemática e científica nas crianças (incluindo situações da prática já vivenciadas) constituam uma oportunidade para que os estudantes: (i) identifiquem aspetos relacionados com o conhecimento do conteúdo, enquanto futuros educadores, que necessitam de aprofundar, (ii) desenvolvam uma linguagem cientificamente adequada ao contexto de Educação de Infância, distinguindo o conhecimento do senso-comum do conhecimento científico, e (iii) perspetivem futuras intervenções compatíveis com uma ótica de desenvolvimento integrado de conceitos, processos e procedimentos relativos à Matemática e às Ciências Naturais e Sociais.
Metodologia e provas de avaliação
Os estudantes poderão optar pela modalidade de avaliação contínua ou de exame final. A avaliação contínua incidirá na: (a) realização individual, na aula, de um produto escrito e na (b) elaboração e apresentação de um trabalho de grupo que integre conhecimentos de Matemática e de Ciências Naturais e Sociais. Estes produtos terão uma ponderação, respetivamente, de 40% e 60%.
Caso os estudantes não obtenham uma classificação superior ou igual a 9,5 valores na média ponderada de (a) e (b), poderão propor-se a exame, tal como os que não tiverem optado pela modalidade de avaliação contínua. Este exame implicará a realização de uma prova escrita que incidirá sobre todos os conteúdos programáticos.
Regime de assiduidade
A opção pela modalidade de avaliação contínua implica a participação dos estudantes em, pelo menos, 75% das aulas da UC desde que a sua frequência das aulas de cada uma das áreas não seja inferior a 60%.
Aconselha-se a consulta do Regulamento de Frequência e Avaliação da ESE/IPS, em especial os artigos 24 e 25. Os estudantes, com estatuto especial que não puderem satisfazer as condições de frequência acima indicadas, deverão entrar em contacto com a responsável pela UC até quinze dias após o início das aulas.
Bibliografia
Bibliografia principal
Campenhoudt, L. (2003). Introdução à análise dos fenómenos sociais. Lisboa: Gradiva.
Egan, K. (1988). Primary understanding: Education in early childhood. New York and London: Routledge.
Egan, K. (1987). Mente da criança. Coelhos falantes & laranjas mecânicas. Lisboa: Instituto Piaget/Horizontes Pedagógicos, nº 82, 2001.
Geist, E. (2009). Children are born mathematicians: Supporting mathematical development, birth to age 8. New Jersey: Perarson
Lannin, J., Ellis, A., & Elliott, R. (2011). Developing Essential Understanding of Mathematical Reasoning for Teaching Mathematics in Prekindergarten - Grade 8. Pennsylvania: National Council of Teachers of Mathematics.
NCTM (2007). Princípios e Normas para a Matemática Escolar. (trabalho original publicado em 2000 pelo NCTM). Lisboa: APM.
O'Connell, S. (2007). Introduction to Problem Solving, Grades PreK-2. Portsmouth: Heinemann.
Oliveira, I. & Moreira, D. (2002). Iniciação à Matemática no Jardim de Infância: Lisboa: Universidade Aberta.
Palhares, P. (coord.) (2009). Elementos de Matemática para Professores do Ensino Básico. Lisboa: Lidel.
Reis, P. (2008). Investigar e Descobrir: Actividades para a Educação em Ciência nas Primeiras Idades. Chamusca: Edições Cosmos.
Roldão, M. C. (1994). O pensamento concreto da criança: Uma perspectiva a questionar no currículo. Lisboa: Instituto de Inovação Educacional/Ciências da Educação, nº 4.
Santos, M., Gaspar M. & Santos S. (2014). A ciência na educação pré-escolar. Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Seefeldt, C., Castle, S., & Falconer, R. (2013). Social Studies for the Preschool / Primary Child. New York: Pearson.
Small, M. (2017). Teaching Mathematical Thinking: Tasks and Questions to Strengthen Practices and Processes. Toronto: Teachers College Press.
Sítios:
Direção Geral da Educação: http://www.dge.mec.pt
How stuff works: http://www.howstuffworks.com/
Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica: http://www.cienciaviva.pt/home/
National Council of Teachers of Mathematics: https://illuminations.nctm.org
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