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Pedagogia Diferenciada e Desenvolvimento Curricular
Informações
As horas de Tutoria ocorrem em horário a estabelecer com o(s) docente(s) da UC.
Ano letivo: 2022/2023 - 2S
Código: |
PG_EE07 |
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Sigla: |
PDDC |
Cursos
Sigla |
Nº de Estudantes |
Plano de Estudos |
Ano Curricular |
ECTS |
Horas Contacto |
Horas Totais |
PG_EE |
26 |
Plano de estudos_14 |
1º |
4,0 |
15 |
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Nº de semanas letivas: |
15 |
Língua de Ensino
Português
Objetivos de aprendizagem (conhecimentos, aptidões e competências a desenvolver pelos estudantes)
O objetivo principal desta unidade curricular é analisar criticamente a conceção de pedagogia diferenciada, em contraposição a outras pedagogias consideradas “inclusivas”, mas que, diante de um olhar mais crítico e atento, na verdade estruturam-se como soluções não inclusivas. Neste sentido, pretende-se que os estudantes sejam capazes de:
- Aprofundar conhecimentos sobre as teorias que fundamentam a diferenciação pedagógica e o desenvolvimento curricular,
- Analisar criticamente diversos discursos pedagógicos e tomar consciência das suas coerências e contradições, bem como dos dilemas éticos da profissão.
- Analisar criticamente o currículo, suas conceções e práticas, à luz do paradigma da inclusão e dos atuais referenciais teóricos e legislativos nacionais e internacionais.
- Aprimorar competências para o apoio ao desenvolvimento de culturas e práticas profissionais inclusivas, com ênfase na intervenção junto ao sistema educativo e à escola e seus atores, mais do que junto ao aluno e sua condição de deficiência.
Conteúdos programáticos
Pretende-se que este programa seja flexível e evolutivo: adaptações serão feitas em função dos interesses e das evoluções pedagógicas dos estudantes. Os conteúdos programáticos serão desenvolvidos à volta dos seguintes eixos:
I. Pedagogia diferenciada e desenvolvimento curricular: definição de conceitos.
II. Autonomia e flexibilidade curricular: desafios da equidade e da inclusão.
III. O Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, o Decreto-Lei 55/2018 e o Decreto-Lei 54/2018, alterado pelo Decreto-Lei 11/2019.
IV. Diferenciar a pedagogia: como? Desenho Universal para a Aprendizagem, Sala de aula Invertida, Metodologias Ativas, Aprendizagem Baseada na Ação e outras formas de diferenciação.
Demonstração da coerência dos conteúdos programáticos com os objetivos de aprendizagem da UC
A pedagogia diferenciada parte da constatação que os alunos têm competências e formas de aprendizagem muito diferentes. A pedagogia diferenciada tenta dar resposta a esta heterogeneidade. Neste sentido os conteúdos programáticos incidem na compreensão da exclusão escolar interrogando o sistema educativo como um todo, sobretudo as conceções e práticas que se estruturaram historicamente como uma solução não inclusiva. Para tal, os conteúdos incidirão no estudo do currículo como um dos aspetos centrais que devemos levar em conta quando procuramos uma educação inclusiva.
Metodologias de ensino
O programa organizar-se-á em torno dos seus próprios conteúdos e será desenvolvido de forma contextual, não-linear. Para isso, os conteúdos serão ancorados na experiência dos alunos e a sua abordagem será expositivo-dialógicas e conduzindo a uma Aprendizagem Baseada na Ação, de forma a estimular a participação crítica e a comunicação aberta, constante e intencionalmente mediada, entre todos: docente-estudantes, estudantes-estudantes.
O acompanhamento tutorial, pessoal ou em grupo, consistirá na orientação e organização do estudo sobre as temáticas a aprofundar, para além do esclarecimento de dúvidas delas decorrentes.
Espera-se que cada estudante (a) participe na discussão das questões em análise, bem como nas atividades propostas; (b) leia, analise e discuta os textos/vídeos propostos; (c) execute os produtos de avaliação solicitados, evidenciando, com clareza e rigor, os conhecimentos adquiridos; (d) envolva-se no estudo/preparação para as atividades de avaliação.
Demonstração da coerência das metodologias de ensino com os objetivos de aprendizagem da UC
Com as aulas ativas, expositivo-dialógicas, pretende-se que os alunos se interroguem sobre os temas em discussão, analisando criticamente a sua experiência profissional e as realidades de diferentes escolas e contextos educativos, à luz das atuais conceções sobre equidade e inclusão.
Os saberes e as competências adquiridos pelos estudantes nos seus diversos contextos de vida são considerados recursos fundamentais. Pretende-se que os saberes a adquirir pelos estudantes sejam construídos em articulação com os saberes existentes.
Metodologia e provas de avaliação
A avaliação será contínua incidirá sobre a participação ativa dos estudantes nas aulas, sobre as reflexões suscitadas nas aulas, sobre o trabalho de investigação autónoma dos alunos e, por conseguinte, sobre a produção académica resultante da qualidade de todas estas ações.
O produto de avaliação desta UC será realizado em grupos e culminará num texto de 4 a 6 páginas, dividido em 3 partes:
Parte 1. Um panorama sobre pedagogia diferenciada e desenvolvimento curricular (30%)
Parte 2. Políticas públicas: alavancas para a participação e a aprendizagem de todos os alunos (50%)
Parte 3. Intervenção educativa e pedagogia diferenciada: apresentação de 2 (duas) situações concretas de intervenção educativa em contexto de escola ou outro, com o objetivo promover a aprendizagem, a participação e/ou o sentido de pertença num determinado grupo de alunos/sujeitos, tendo como suporte as aprendizagens construídas nesta UC (20%)
A avaliação em exame incidirá sobre os textos referidos na bibliografia principal da UC (100%)
Regime de assiduidade
Conforme o regulamento
Bibliografia
Decreto-Lei n.º 54/2018, de 6 de julho. http://www.dge.mec.pt/sites/default/files/EEspecial/dl_54_2018.pdf
Florian, Lani (2015) Inclusive Pedagogy: A transformative approach to individual differences but can it help reduce educational inequalities? Scottish Educational Review 47(1), 5-14. https://www.scotedreview.org.uk/media/microsites/scottish-educational-review/other-docs/2015_47-1_May_03_Florian.pdf
Instituto Alana (2014). O valor que os colaboradores com síndrome de Down podem agregar às organizações. http://alana.org.br/wp-content/uploads/2017/04/Paper_Sindrome_Down.pdf
Lima-Rodrigues, L. et. al. (coord.) (2007) Percursos de Educação Inclusiva em Portugal: Dez Estudos de Caso. FEEI/FMH Edições.
Ministério da Educação/Direção-Geral de Ensino (2017). Perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória. http://dge.mec.pt/sites/default/files/Curriculo/Projeto_Autonomia_e_Flexibilidade/perfil_dos_alunos.pdf
Ministério da Educação/Direção-Geral de Ensino (2018). Manual de apoio à prática: para uma educação inclusiva. http://www.dge.mec.pt/sites/default/files/EEspecial/manual_de_apoio_a_pratica.pdf
Nunes, C., Madureira, I., (2015) Desenho Universal para a Aprendizagem: Construindo práticas pedagógicas inclusivas. Da Investigação às Práticas, 5(2), 126 - 143. https://repositorio.ipl.pt/bitstream/10400.21/5211/1/84-172-1-SM.pdf
Rodrigues, D.; Lima-Rodrigues, L.M.S. (2011). Formação de professores e Inclusão: como se reformam os reformadores? Educar em Revista. 41, jul./set., 41-60. http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-40602011000300004&script=sci_abstract&tlng=pt
UNESCO (2019). Manual para garantir inclusão e equidade em educação. https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000370508
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