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Família e Estilos Educativos Parentais

Informações

    As horas de Tutoria ocorrem em horário a estabelecer com o(s) docente(s) da UC.


Ano letivo: 2020/2021 - 1S

Código: AF05    Sigla: FEEP
Áreas Científicas: Trabalho social e Orientação
Secção/Departamento: Ciências Sociais e Pedagogia

Cursos

Sigla Nº de Estudantes Plano de Estudos Ano Curricular ECTS Horas Contacto Horas Totais
TSPSFC 15 Plano de Estudos 2015_16 5,0 45 135,0

Nº de semanas letivas: 15

Responsável

DocenteResponsabilidade
Cristina Maria Gomes da SilvaResponsável

Carga horária

Horas/semana T TP P PL L TC E OT OT/PL TPL O S
Tipologia de aulas

Corpo docente

Tipo Docente Turmas Horas
Horas de Contacto Totais 1 3,00
Cristina Roldão   3,00

Língua de Ensino

Português

Objetivos de aprendizagem (conhecimentos, aptidões e competências a desenvolver pelos estudantes)

Esta disciplina tem como principal objectivo permitir aos alunos a reflexão sobre alguns aspectos do processo de socialização das crianças. Mas, falar em processo de socialização implica referir as instituições "promotoras" dessa socialização. Nesta disciplina serão abordadas duas instituições principais: a família, enquanto agente de socialização primária, a instituição escolar, e o grupo de pares, enquanto contexto do que alguns autores chamaram de "socialização clandestina".
Pretendemos dotar os estudantes de competências críticas e analíticas de modo a promover uma reflexão mais informada sobre uma realidade diversa mas que muitos teimam em uniformizar.
Com esta unidade curricular pretende-se que os estudantes sejam capazes de:
• Refletir sobre a diversidade apresentada pela realidade familiar
• Identificar e caracterizar os papéis sociais associados aos diferentes atores em presença nas famílias
• Refletir sobre as formas de organização das famílias e respetivos estilos educativos
• Evidenciar capacidades de observação e de reflexão crítica sobre situações e contextos familiares enquanto instâncias de socialização primária
• Refletir sobre o estatuto da infância e associá-lo aos estilos educativos ensaiados pelas famílias
• Refletir sobre problemáticas sociais atuais em articulação com a identificação de políticas sociais dirigias à família

Conteúdos programáticos

1. Família: um conceito (ainda) em construção. Da heterogeneidade da realidade à diversidade do conceito.
1.1. A família como sistema social. Formas familiares e papéis sociais
1.2. Uma realidade em construção: A perspetiva do Materialismo Histórico. As transformações da família em Portugal
1.3. Desigualdades de género na família. "O Segundo Sexo" e a "performatividade de género“

2. Família(s), criança e processo de socialização
2.1 Modelos educativos familiares e heterogeneidade das formas de aprendizagem na família
2.2 Objetivos educacionais dentro das famílias
2.3 As relações entre as famílias e as outras agências de socialização
2.4. Desigualdades sociais perante a Escola: Teorias e Números

3. O conceito de infância
3.1 O estatuto da criança na família e na sociedade
3.2 Construções sociais diferenciadas do conceito de infância
3.3 As políticas de família e proteção da infância


Demonstração da coerência dos conteúdos programáticos com os objetivos de aprendizagem da UC

A UC tem um carácter de iniciação ao conhecimento das conceções de infância, da morfologia das famílias, das características dos papéis sociais desempenhados na família e à compreensão da diversidade dos modelos educativos e das suas características, o que permite compreender, quer a pluralidade da realidade familiar quer a forma como as conceções sobre a infância e o lugar da criança na família e na sociedade se relacionam com as características dos estilos educativos parentais.
A abordagem permitida pela identificação dos diversos estilos educativos parentais constitui um bom modo de perspetivar a educação familiar, o estatuto atribuído à criança e a relação com as outras instâncias socializadoras, no sentido de atingir os objetivos fixados para a UC.

Metodologias de ensino

Estratégias de gestão do programa

As diferentes temáticas a abordar serão organizadas em torno dos conteúdos programáticos atrás apresentados e as sessões serão centradas na apresentação dos respetivos elementos-chave e na sua discussão em plenário e/ou em pequenos grupos a partir de informação fornecida essencialmente pelo docente ou pelos grupos de trabalho. Num e noutro caso será feito recurso à utilização de textos e outros materiais e à apresentação de casos.
Os processos de trabalho incluirão: (a) a leitura, discussão e análise de textos da bibliografia básica e/ou temática; (b) a elaboração de recensões escritas e /ou de pequenos comentários críticos aos textos, escritos eu orais; (c) a participação ativa nas aulas e, em particular, nos debates coletivos; (d) a elaboração de trabalhos escritos, de grupo, sobre um à escolha dos estudantes; (e) a participação nas sessões de tutoria para apoio à elaboração dos trabalhos de grupo; (f) a apresentação e discussão dos trabalhos de grupo em sessão coletiva, que deverá contar com a participação de todos os estudantes.

Será ainda apresentada e negociada com os estudantes uma calendarização de todas as atividades relacionadas com a disciplina (temas, debates, orientação tutória, apresentações de trabalhos e datas de entrega das versões escritas, exame, etc.).

Acompanhamento tutorial

O apoio tutorial será desenvolvido em presença e a distância. Os momentos de orientação tutória de natureza presencial pressupõem, em regra: (i) a marcação prévia do encontro de tutoria; (ii) a preparação dos estudantes (leituras feitas, dúvidas, esquemas de trabalho, etc.). Quer nos encontros já previstos na calendarização da UC, quer nos encontros a combinar caso a caso, poderão ser sempre concretizados apoios sobre outras temáticas do programa que os estudantes desejem colocar ao docente (“dúvidas”, orientação bibliográfica, etc.)

Participação dos estudantes

Espera-se que cada aluno: (a) esteja presente na maioria das aulas e, em particular, nas sessões de debate e nos encontros de orientação tutoria combinados; (b) participe na discussão das questões em análise, bem como nos trabalhos de grupo; (c) leia, analise e esteja preparado para discutir os textos de apoio apresentados; (d) execute os trabalhos programados, individuais ou de grupo.


Demonstração da coerência das metodologias de ensino com os objetivos de aprendizagem da UC

Há estratégias e atividades de ensino-aprendizagem direcionadas para o grande grupo (sessões teóricas, teórico-práticas e de seminário) e outras dirigidas a pequenos grupos ou ainda sessões de orientação tutória, de presença obrigatória.
As sessões letivas em grande grupo recorrem com frequência à utilização de dois tipos de materiais, entre outros: (i) pequenos textos sobre as temáticas em análise e a apresentação dos conceitos-chave, para leitura e debate; (ii) textos sobre temas de atualidade, recolhidos em órgãos de comunicação social, que habitualmente abordam situações-problema que apelam (apelaram) à intervenção de trabalhadores sociais. Nestas sessões o essencial das metodologias de ensino passa pela introdução dos temas pelo professor, seguida de trabalho de grupo e de debate em pequeno e/ou em grande grupo e de uma síntese final desenvolvida de novo pelo professor. Torna-se assim possível “fazer a ponte” entre os conteúdos do programa, as temáticas básicas do trabalho social e a reflexão e análise sobre o “mundo atual”. Nesta linha, é ainda feita a apresentação e o comentário, em todas as sessões, de uma “notícia da semana”, tarefa a cargo de um grupo de estudantes, por sessão letiva desta UC (1º semestre).

As sessões letivas em pequeno grupo centram-se no trabalho em grupos de 3 ou 4 estudantes em torno de um tema previamente identificado – que é analisado a partir de textos previamente distribuídos – e, para um dos grupos, na sua exploração mais aprofundada, apoiada pelo docente, preparatória da discussão a realizar na aula seguinte.

As sessões de orientação tutória são geralmente concretizadas com grupos de 3 ou 4 estudantes, exigem marcação prévia e a presença obrigatória de todos os elementos do grupo, sendo precedidas da elaboração e entrega ao docente de uma ficha de pré-projecto (para o trabalho final), garantido assim que algumas leituras, gerais e específicas, já foram realizadas. Estas sessões seguem-se normalmente a contactos mais curtos, onde foi feita a identificação do tema e/ou objeto empírico – o que permite que uma bibliografia específica lhes seja recomendada.

O trabalho de grupo inclui obrigatoriamente, para além da “parte teórica”, o estudo de um objeto empírico. Embora o trabalho de campo realizado pelos estudantes não seja presencialmente acompanhado pelo docente, o planeamento deste é objeto de uma sessão de orientação tutória. Finalmente, a apresentação à turma das ideias centrais de todos os trabalhos de grupo, com presença obrigatória de todos os grupos, permite a abordagem, mesmo se sumária, dos respetivos temas / conteúdos.

Metodologia e provas de avaliação

Nota explicativa:
A avaliação das UC rege-se pelo Regulamento de Frequência e Avaliação (RFA) da ESE/IPS, podendo ser contínua ou periódica, sempre com possibilidade de exame final, exceto a UC de Estágio.
Tendo em conta a especificidade da formação e a elevada percentagem de UC de formação técnica, a assiduidade dos estudantes rege-se por um mínimo de 75% de frequência às UC, excetuando-se os estudantes com estatuto especial (Artigo 24º do RFA).
No final do trabalho as aprendizagens esperadas situam-se em torno de 4 grandes domínios: (a) organização e gestão da informação, evidenciando a apropriação e a utilização de conceitos diferenciados e o conhecimento de medidas de política pertinentes no âmbito do programa da disciplina (opções, fundamentação e instrumentos); (b) produção de textos de dimensões e sobre problemáticas variáveis; (c) participação em debates, evidenciando capacidade de análise crítica e de fundamentação das respetivas “posições” e perspetivas teóricas e sociais; (d) apresentação pública de trabalhos

A avaliação realizar-se-á de acordo com as atividades propostas e os princípios expressos no programa. Os parâmetros bem como os principais instrumentos de avaliação a utilizar (trabalho de grupo e teste) serão apresentados previamente aos estudantes e serão objeto de apreciação coletiva.
Os estudantes poderão optar por uma das seguintes três modalidades de avaliação, de acordo com a apreciação de fazem das suas condições / oportunidades de frequência da UC.

Avaliação contínua
Os estudantes que optem por esta modalidade serão avaliados a partir de um conjunto de actividades desenvolvidas ao longo do semestre, individualmente ou em grupo. A opção pela modalidade de avaliação contínua pressupõe a aceitação de algumas condições: (i) obrigatoriedade de realizar todas as componentes de trabalho abaixo referidas; (ii) assiduidade na frequência às aulas; (iii) intervenção pertinente nas aulas; (iv) obtenção de uma classificação igual ou superior a 8 valores em cada momento/produto de avaliação.
A avaliação contínua será realizada de acordo com as atividades propostas e os princípios expressos no programa. A avaliação final de cada aluno terá como base o seu desempenho em cada uma das seguintes componentes:
A – componente individual (50%)- leitura e análise escrita de um texto da bibliografia (25%)
B – componente de grupo (35%) - exposição oral sobre trabalho realizado
C – participação (15%) - participação nas atividades letivas e nos encontros de orientação tutorial, o que pressupõe assiduidade e participação ativa regular dos estudantes “inscritos” na modalidade de avaliação contínua.

Os estudantes deverão obter uma classificação igual ou superior a 8 valores em qualquer das componentes.
Os estudantes-trabalhadores poderão inscrever-se na modalidade de avaliação contínua desde que assegurem uma regularidade mínima de contacto com as aulas e o docente/ tutorias. Situações concretas que poderão implicar ajustamentos ao modelo geral atrás apresentado, serão analisadas e acordadas caso a caso com o docente.

Exame final
A opção pelo exame final poderá ser feita desde início, constituir recurso para quem não conclua com sucesso uma trajetória de avaliação contínua, ou ainda, para quem pretenda fazer "melhoria de nota".

Bibliografia

Almeida, Ana Nunes (1986), "Entre o dizer e o fazer: a construção da identidade feminina” Análise Social, vol. XXII (92-93).
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Almeida, A. N. de, Vieira, M. M. (2006). A Escola em Portugal - Outros Olhares, Novos Cenários. Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais
Almeida, Miguel Vale de (1995), Senhores de Si. Uma interpretação antropológica da masculinidade, Fim de Século Edições.
Amâncio, Lígia (1994), Masculino e Feminino, A construção Social da Diferença, Porto, Edições Afrontamento.
Andersen, Michael, (1984), Elementos para a História da Família Ocidental 1500-1914, Lisboa; Editorial Querco.
Aries,Philippe (1988), A criança e a vida familiar no Antigo Regime, Lisboa, Relógio d'Água.
Aries,Philippe; DUBY, Georges, (dir.), (1990), História da vida privada, Porto, Afrontamento
Bertaux, Daniel (1978), Destinos pessoais e estruturas de classe, Lisboa, Moraes Editores.
Chamboredon, J.C., Prevot, J., "O ofício de criança", in Stoer, Stephen e Grácio, Sérgio, (1982), Sociologia da Educação II - A construção social das práticas educativas (Antologia), Lisboa, Livros Horizonte, 51-77
Durkheim, Émile (1893,1977), A divisão do trabalho social I, Lisboa, Editorial Presença.
Engels, F. (1884, 1976), A origem da família da propriedade privada e do estado, Lisboa, Editorial Presença.
Ferreira, Virgínia, (1981), “Mulheres, Família e Trabalho Doméstico no Capitalismo”, in Revista Crítica de Ciências Sociais, nº 6, 47-86.
Ferreira, Virgínia, (1999), “A segregação sexual do mercado de trabalho”-perspectivas teóricas e políticas”, Sociedade e Trabalho, 6, 39-45.
Giddens, Anthony (2004), As mulheres e o trabalho. O trabalho e a família, in Giddens, A., Sociologia: 389-409; Lisboa, F.C. Gulbenkian
Kellerhals, Jean; Troutot, Pierre-Yves; Lazega, Emmanuel, (1989), Microssociologia da família, Mem-Martins, Publicações Europa-América
Lobo, Cristina (1994), Processos de Recomposição Familar: Estratégias e Trajectórias nas Famílias Recompostas, Dissertação de Mestrado em Sociologia, Lisboa, ISCTE.
Perrenoud, Ph., Montandon, C., (2001), Entre Pais e Professores. Um diálogo impossível? Oeiras, Celta Editora
Saraceno, Chiara e Manuela Naldini, (2003) Sociologia da Família, Lisboa, Editora Estampa Scanzoni.
Silva, Cristina Gomes da (1999); Escolhas escolares, heranças sociais, Oeiras, Celta editora
Torres, Anália Cardoso (1996), Divórcio em Portugal, Ditos e Interditos, Celta Editora, Oeiras.
Torres, Anália Cardoso e F.Vieira da Silva (1998), “Guarda das Crianças e Divisão do Trabalho entre homens e mulheres”, Sociologia, Problemas e Práticas, 28, pp.9-65.
Torres, Anália Cardoso, (2002), Casamento em Portugal. Uma Análise Sociológica, Oeiras, Celta Editora.
Torres, Anália e Rui Brites (2006), “Atitudes e valores dos Europeus: a perspectiva do género numa análise transversal”, in Vala e Torres Contextos e Atitudes Sociais na Europa, Lisboa, Imprensa de Ciências Sociais, Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.
Wall, Karin e Lígia Amâncio (org.) (2007), Família e Género em Portugal e na Europa, Lisboa, Imprensa de Ciências Sociais.
Vieira, M. M. (2011). Entre a casa e a escola: a lenta afirmação da escolaridade em Portugal. In Almeida, Ana Nunes (Eds.), História da vida privada em Portugal: os nossos dias (pp. 174-207). Lisboa: Círculo de leitores / Temas e debates

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