IPS produz 6 mil litros de álcool gel em parceria com a Casa Ermelinda Freitas
Projeto conjunto arrancou ontem nas instalações da empresa
O Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) pôs
em marcha um conjunto de ações que estão a contribuir para suprir
algumas das principais carências sentidas pelos serviços de saúde e
forças de segurança na resposta à pandemia de COVID- 19.
É o caso do gel desinfetante que está a ser
produzido nos laboratórios da Escola Superior de Tecnologia do Barreiro
(ESTBarreiro/IPS), em parceria com a Câmara Municipal do Barreiro, com o
envolvimento de docentes e trabalhadores não docentes, a título
voluntário, e que chegará a um volume total de cerca de 400 litros.
À iniciativa juntaram-se também vários professores
voluntários de quatro agrupamentos de escolas do concelho do Barreiro.
Esta parceria rapidamente se estendeu a outras organizações e, neste
âmbito, teve ontem início um projeto de produção
conjunta com a Casa Ermelinda Freitas de 6 000 litros de álcool gel, que
serão distribuídos em hospitais e IPSS do distrito de Setúbal, agentes
de proteção civil e estabelecimentos prisionais. Dado o elevado volume
previsto, a solução antissética, que segue as diretrizes da
Organização Mundial de Saúde (OMS), está a ser produzida,
sob responsabilidade técnica de docentes do IPS, nas instalações da
empresa vitivinícola, que contribuiu com 5 000 litros de álcool e os 600
garrafões de 5 litros para o respetivo armazenamento. A iniciativa envolve ainda
outros parceiros, como a Vinisol, a Junta de Freguesia do Sado e a empresa de
logística Integra2.
Esta capacidade de encontrar formas criativas e eficazes de contribuir para as
necessidades sociais, colocando os recursos da instituição, materiais e
humanos, ao serviço da sociedade e da região, faz parte, desde sempre, do
ADN do IPS. A estreita ligação com as empresas e organizações
permite a concretização deste trabalho em rede, materializado neste projeto e
em outros, como o caso das viseiras de proteção
individual, que também estão a ser produzidas com recurso a
impressoras 3D e, mais recentemente, a uma fresadora CNC (Comando Numérico
Computorizado), máquina que veio permitir um reforço considerável
da capacidade de produção, que ronda as 300 unidades diárias.
O projeto, que está a ser desenvolvido pelo laboratório
Innovation Lab da Escola Superior de Tecnologia de Setúbal
(ESTSetúbal), graças uma equipa de perto de 20 voluntários, entre
docentes e funcionários, já permitiu produzir até ao momento perto
de 700 viseiras que foram imediatamente entregues em 29 instituições, entre
unidades de saúde, de socorro e IPSS na sua maioria do distrito de Setúbal.
A quantidade global que se estima produzir ronda, para já, as 5 000 unidades.
Neste processo estão envolvidas quatro empresas da região,
nomeadamente a LAUAK Portuguesa, fabricante de componentes para a indústria
aeronáutica, a Zircom Engenharia, a BEZE - Montras e Stands e a Cityprint.
À iniciativa juntaram-se também, apoiando financeiramente,
organizações como a Deloitte, Casa Ermelinda Freitas e Continental,
além de várias retrosarias locais e da Integra2, que também neste
caso garantiu o apoio logístico.